Realizar a tradicional travessia Salvador-Itaparica via ferry-boat, definitivamente se tornou um agouro. As filas são longas a espera é absurda e a estrutura altamente precária. Na quinta-feira (24), por exemplo, durante uma hora e meia, segundo a Agerba, das 9h30 às 11h, nenhum dos sete barcos que fazem parte do sistema estava operando.
Segundo a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações do Estado (Agerba), os ferries Rio Paraguaçu e Anna Nery funcionaram juntos até as 5h30, quando o primeiro teve que parar para regular o motor após apresentar uma falha mecânica.
Quatro horas depois, foi a vez do Anna Nery sair de operação por conta de um superaquecimento no motor. O barco só voltou a fazer a travessia às 11h. O sistema ficou até o fim da tarde com apenas uma embarcação. O Rio Paraguaçu só voltou a transportar passageiros às 18h, depois de passar por vistoria da Capitania dos Portos.
Dois meses antes de a Agerba assumir o sistema, o governo já havia pedido a caducidade do contrato de concessão. Ontem, durante todo o dia, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e a Secretaria de Comunicação Social (Secom) afirmaram que todas as informações relativas ao contrato da TWB seriam transmitidas pelo vice-governador e secretário da Infraestrutura do estado, Otto Alencar (PSD). Apesar de insistente tentativas, a reportagem não conseguiu contato com o secretário durante a tarde.
Na quarta-feira, Otto garantiu que, no Carnaval, cinco ferries estarão operando. “Eu assumo a responsabilidade pelo sistema”, afirmou.
No mesmo dia, o governador afirmou que o estado está disposto a pagar R$ 34 milhões na compra de dois ferries e informou que a PGE analisa dois editais antes da abertura do processo de licitação.
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