Definitivamente em algumas circunstâncias para conseguir uma vaga na câmara não necessariamente precisa ser bem votado. Em alguns casos mais extremos, um voto apenas é o bastante, por incrível que isso pareça.
Na cidade de Lajeado do Bugre, região norte da Bahia, a candidata Juvina Camargo Duarte (PMDB) conquistou uma vaga no legislativo local tendo apenas o seu próprio voto. Ela ficou com a vaga do companheiro de partido, Everaldo da Silva, que desistiu do cargo.
Juvina foi uma dos 17 concorrentes à Câmara, na cidade de quase 2,5 mil habitantes. Aos 33 anos e mãe de três filhos, a agricultora nunca tinha cogitado a vida política. Ela conta que a coligação do partido ao qual é filiada precisava de mulheres para preencher o número mínimo estipulado por lei de candidatas, 30%. Mesmo fazendo campanha e distribuindo santinhos, Juvina recebeu apenas seu próprio voto.
Ela justificou a ausência de apoiadores pela falta de recursos financeiros. O único voto, no entanto, a levou a assumir uma das nove vagas no legislativo. O desafio da nova vereadora é trabalhar para a cidade que tem uma taxa de analfabetismo de quase 20%.
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