A importação de cacau de países africanos foi pauta na Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa, na manhã de ontem. O colegiado recebeu agricultores do interior baiano e o presidente do Instituto Pensar Cacau, Águido Muniz. Mesmo reconhecendo a necessidade da importação para atender a capacidade de moagem das indústrias, Muniz chamou a atenção para as consequências que são geradas à agricultura em geral.
“Com esse tipo de importação, não é só o cacau que está sendo colocado em risco, mas sim todas as culturas. É muito perigoso o que acontece atualmente, essa importação está sendo feita sem os devidos cuidados e nós queremos uma fiscalização”, disse o presidente. Águido Muniz ainda revelou que, este ano, quase dez mil toneladas de cacau foram importadas do continente africano para indústrias instaladas em Ilhéus e Itabuna, no sul do estado, e estavam contaminadas com insetos vivos. No entanto, o presidente afirmou que o Ministério da Agricultura acabou liberando a carga.
O presidente do colegiado, deputado Luiz Augusto (PP), e os deputados Coronel Gilberto Santana (PTN) e Fabrício Falcão (PCdoB) se comprometeram em levar o assunto ao Governo do Estado para cobrar do Ministério da Agricultura medidas de fiscalização.
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