Crack e álcool matando brasileiros: Culpa do Estado ?


Por Eduardo Sobral

O Brasil apresenta números consideráveis, quando o assunto é o consumo de drogas. Na atualidade já são cerca de 3.000.000,00 (três milhões) de usuários de drogas e mais de 20.000.000,00 (vinte milhões) de alcóolatras.

Para entender esses números um fator fundamental a ser considerado é o cenário geográfico em que o Brasil está inserido, vale constar que o cultivo da coca é cada vez mais crescente na América do Sul, sendo que a Colômbia, a Bolívia e o Peru juntos já apresentam uma área de mais de 200.000 hec (duzentos mil hectares) cultivada com tal planta, frisando, que é a cocaína, a matéria-prima do CRACK. Registre ainda que o Paraguai é o maior produtor mundial de maconha. E exatamente por sua posição geográfica, em especial, por fazer divisa com todos esses países produtores, o Brasil se revela, nos dias de hoje, como a principal rota de passagem da cocaína para todo o mundo.

Certamente, influenciado pela facilidade de se encontrar droga em terras canarinhas, o consumo de drogas, principalmente, do crack cresce anualmente de forma alarmente no Brasil, de modo que tal problema aflige cada vez mais um maior número de famílias, que estão literalmente em situação de desespero, primeiro, pela situação deplorável vivenciada pelos viciados e, segundo, pela ausência de políticas públicas que auxiliem o enfretamento de tal situação. Em 2011, o orçamento, quase que insignificante, para combate as drogas foi de cerca de R$ 400.000.000,00 (quatrocentos milhões de reais). Em 2012, destinou-se para tanto um valor de quatro bilhões de reais, sendo, que inexplicavelmente, até o mês de setembro deste ano somente foram utilizadas, para questões relativas às drogas a quantia de R$ 250.000.000,00 (duzentos e cinquenta milhões de reais). Não podemos deixar de comentar ainda sobre o descaso com a fiscalização das nossas divisas, que perfazem um total de 16.000 km. Os postos da polícia federal estão sendo desativados, as diárias dos policiais federais sendo cortadas, sem falar no escasso número de policias federais, cerca de 1.200, responsáveis pela vigilância dessa considerável quantidade de área. A situação, de fato, é preocupante, antes as drogas se limitavam a pessoas com menos recursos financeiros, hoje, é difícil encontrarmos uma família no Brasil, seja rica ou pobre, que não tenha um usuário de drogas, especialmente, do Crack.

Em nossa cidade de Ilhéus/BA, a história não é diferente, conheço de perto a nossa realidade, pois administro o centro de recuperação resgate para vida e vivencio diariamente os problemas enfrentados pelas famílias de usuários de drogas, pelos viciados e por toda sociedade. O problema é real e precisamos de ações também concretas nessa área, o Estado tem que assumir o seu papel e tomar as medidas necessárias, indicando e enumerando as políticas públicas e, sobretudo, implementando-as. Não podemos ficar mais na teoria, para tanto, compete à sociedade despertar e cobrar do Estado, principalmente, da esfera federal AÇÕES EFETIVAS E IMEDIATAS.(presidenta Dilma com a palavra) Assim, conclamamos que sejam abertas as cortinas do palco e entre em cena um ator fundamental para o deslinde dessa história: o Estado.

Evangelista  Eduardo Sobral   (Ministério Resgate para Vida)

www.ministerioresgateparavida.com.br