Bebê morre em incubadora de maternidade em Ilhéus


 Uma comissão formada por funcionários da maternidade Santa Helena, em Ilhéus, vai investigar as causas da morte de um bebê de 12 dias, ocorrida na quarta-feira (24). Os pais dizem que a filha deles morreu porque foi exposta à temperatura muito alta em um procedimento de fototerapia, conhecido como “banho de luz”.

O laudo que vai apontar se houve falha humana ou técnica fica pronto em 30 dias. A médica que atendeu o bebê e o técnico de enfermagem que acompanhou a menina no procedimento continuam trabalhando normalmente.

O provedor da Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus, Eusínio Lavigne, que também administra a maternidade Santa Helena, informou que a incubadora onde o bebê morreu não está sendo utilizada. O equipamento foi retirado de operação para passar por avaliação técnica.

A criança nasceu com icterícia, problema comum em recém-nascidos, que deixa a pele e os olhos amarelados. Os pais dizem que o bebê foi exposto a uma temperatura muito alta e acabou morrendo. Na noite de quarta-feira, a mãe da criança percebeu que havia algo errado e chamou enfermeiros do hospital. “Estava quente demais lá. Eu senti ela durinha já. A gente espera um filho e por causa de uma irresponsabilidade deles a criança está morta”, disse Cleidiane Ribeiro.

Na certidão de óbito, consta que o bebê morreu de distúrbio metabólico, hipertermia, que é temperatura elevada, e fototerapia dupla. A família de Tainá disse que já procurou um advogado para mover uma ação contra a maternidade. “Não vamos colocar na Justiça por interesse pelo dinheiro porque isso não vai pagar a vida de uma criança. Espero que isso não aconteça nunca mais, com ninguém”, afirmou o pai de Tainá, Marcone Souza.

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